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Por História Guardada* | A obra de Thoreau é uma das grandes bases da desobediência civil como luta política. Apesar do conceito ter surgido a partir da consciência individual, ele se desenvolveu historicamente como ferramenta da transformação social e coletiva.

Ao abordar a temática da desobediência civil no mundo contemporâneo, é essencial que se traga imagens como essas – as quais retratam essa estratégia de resistência em diferentes tempos, espaços e contextos, ou seja, como realmente é.

É comum que uma historiografia que não busca se aprofundar nessa temática riquíssima, limite a desobediência civil a Gandhi, por exemplo, e propositalmente ignore a magnitude dessa prática e sua força para conquista de direitos políticos e econômicos. É essencial apresentar a desobediência civil como uma prática mundialmente utilizada e como um dos mecanismos que deve ser atribuído a conquistas de direitos no mundo contemporâneo.

1. Marcha do Sal (1930)

Gandhi no centro da Marcha do Sal.

A Marcha do Sal de 1930 foi liderada por Gandhi, grande ícone da desobediência civil. O evento foi um protesto às “Leis do Sal” impostas pelo colonialismo britânico que proibiam os indianos de fabricar o próprio sal, condicionando seu consumo ao comércio com o monopólio britânico.

2. A resistência de Parks (1955/1956)

Rosa Parks e o jornalista Nicholas Chriss sentados num ônibus depois do tribunal ordenar a integração. Montgomery, Alabama, 21 de dezembro de 1956.

Apesar de não ser uma foto do momento exato da desobediência civil, é emblemática pela ação de Rosa Parks no ano anterior (1955), que a transformou num ícone do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos após se negar a ceder o assento a uma pessoa branca.

3. Os “quatro de Greensboro” (1960)

Os “quatro de Greensboro”, a partir da esquerda: Joseph McNeil, Franklin McCain, Billy Smith e Clarence Henderson (Foto: Jack Moebes).

1º de fevereiro de 1960, Carolina do Norte. Quatro estudantes negros caminharam até o centro da cidade e se sentaram no balcão do Woolworth’s. A desobediência residiu justamente no ato de sentar: os negros podiam se alimentar apenas em pé. O protesto desencadeou um movimento de resistência na cidade. Até o final daquela semana, cerca de duzentos estudantes participaram dos protestos.

4. Pelo direito ao sonho (1963)

Martin Luther King Jr. fala aos manifestantes durante seu discurso “I Have a Dream” no Lincoln Memorial em Washington, 28 de agosto de 1963.

O mais emblemático dos discursos de Martin Luther King, grande líder do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos na segunda metade do século XX.

5. Pra não dizer que eu não falei das flores (1967)

A jovem Jan Rose Kasmir confronta soldados armados com baionetas com uma flor em frente ao Pentágono dos EUA (Foto de Marc Riboud).

Washington, 1967. Jan Rose Kasmir, de 17 anos, está com um crisântemo na mão, de frente para a Guarda Nacional alinhada para manter os manifestantes longe do Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Kasmir e outros protestavam contra a guerra no Vietnã.

6. Pátria educadora (2013)

A professora Lenita Oliveira encara 18 policiais em uma manifestação na Cinelândia (Foto de Fábio Motta).

A professora da rede pública conta que: “Eu estava protestando junto com a minha classe. Houve uma confusão, mas ela já havia acabado. Quando olhei para trás, vi um policial erguendo um cassetete para agredir um professor. Não pensei duas vezes, fui para cima deles e berrei: ‘Vai bater em professor? É isso mesmo, covardes? Bate em mim! Mas não esquece que eu posso ser professora do seu filho”.

7. 522 anos de desobediência (2014)

Indígena cruza lanças em frente ao cordão formado por PMs diante do Congresso Nacional, em Brasília (Foto: Vianey Bentes).

Em 2014, cerca de 250 indígenas de diversas etnias caminham ao Congresso Nacional para protestar contra mudanças na demarcação de terras, entre elas a proposta de emenda à Constituição (PEC) que transferia para o Legislativo a decisão de homologar terras indígenas e esvaziava o poder da Funai, responsável por elaborar estudos de demarcação.

8. Resistência a aporofobia (2021)

Padre Júlio Lancelotti quebra a marretadas pedras instaladas pela Prefeitura sob viadutos de SP.

Após pedras serem instaladas sob os viadutos Dom Luciano Mendes de Almeida e Antônio de Paiva Monteiro, na Zona Leste de SP, o padre Julio Lancelotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de SP, as atinge com uma marreta. A medida higienista tinha o intuito de retirar pessoas em situação de rua do local.

*O História Guardada é um espaço de diálogos sobre História, Literatura e Arte com ênfase nas questões de classe, raça e gênero. O projeto vincula semanal e gratuitamente conteúdos engajados com o contemporâneo político nas plataformas digitais. 

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Comentários(2)

    • Isabela Araujo

    • 1 ano ago

    muito bom!!

    1. Que bom que você gostou, Isabela!

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